O Grande desafio das empresas, para atrair os colaboradores de volta aos escritórios

Um tema constantemente abordado e de grande relevância no momento, tem sido a volta dos colaboradores aos escritórios, no pós pandemia. Uma pergunta latente, principalmente nas mentes dos líderes de RH, tem sido: Como atrair as pessoas que se acostumaram a trabalhar no conforto de suas casas, por mais de 02 anos, de volta ao ambiente corporativo?

Sim, está muito claro a todos, que passado esse período, no qual uma grande parcela dos trabalhadores teve a oportunidade de vivenciar uma experiência ímpar, deixando os escritórios para cumprir com suas rotinas de trabalho de forma remota, tornou-se um sério problema para algumas empresas, o retorno. O que inicialmente parecia algo impensável, após meses de adaptação, alterações nas rotinas diárias dos pais com os filhos, entre muitas outras coisas, em alguns casos, gerou mudanças não apenas comportamentais, como também geográficas, mudanças de bairro, cidade, estado, em casos mais pontuais, até de país, tendo como principal objetivo, melhorar as condições mentais. Essas mudanças, com toda certeza não foram simples, isso exigiu das pessoas, além de muita criatividade, uma forte quebra de paradigmas, muitas vezes com rupturas de laços familiares, pois muitos já acreditavam que não haveria volta, que o home office ou o trabalho remoto, passariam a ser “ad eternum”.

De fato, a volta aos escritórios, teria para alguns, o mesmo impacto ou até maior, que a saída repentina deles e por essa razão, o C-Level de muitas companhias, voltaram-se novamente para os seus comitês de crise, os mesmos criados para alinhar os movimentos de ida para o home office, a fim de traçarem o caminho de volta, mas para surpresa de todos, esse movimento tem sido mais crítico do que o primeiro.

Nós, que representamos empresas de segmentos associados diretamente ao mundo corporativo e que estamos intrinsicamente ligados a essas mudanças, por termos sofrido a dor do esvaziamento dos escritórios, de forma quase vital à continuidade de nossas atividades, mas tendo sido hábeis o suficiente para evitar uma crise no setor, hoje, vemos com a mesma preocupação o movimento contrário, porém, já preparados pra isso, em parceria com arquitetos, decoradores e designers, conseguimos oferecer projetos às empresas, visando a ressignificação dos espaços corporativos, de forma a torna-los mais atraentes, não apenas do ponto de vista decorativo, mas principalmente colaborativo, gerando humanismo nos ambientes, fazendo-os chegar o mais próximo possivel da realidade do home office.

Algumas empresas têm optado pela criação de Hubs espalhados pelos grandes centros e até em áreas adjacentes, a fim de facilitar a movimentação e acomodação dos colaboradores, em locais próximos às suas residências, ainda há aquelas de forma mais radical, estão transformando os antigos escritórios, em pontos de encontro, para que os colaboradores possam interagir uma ou duas vezes por semana, fora de reuniões e comitês, mas sim em momentos de exclusiva confraternização.

O Fato é que as coisas realmente mudaram, seja para aqueles que aderiram ao home office ou trabalho remoto como condição “sine qua non” para suas vidas, seja para os que ainda tem dúvidas, se voltam ou não aos escritórios, mas independente da situação, diante desses cenários, as empresas que carregam a preocupação com pessoas, continuarão em busca das melhores alternativas para reter seus profissionais.

Mauro Oliveira – Diretor de Marketing e Novos Negócios – Grupo Telelok

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